segunda-feira, 28 de setembro de 2015

América 2015: Um Papa no palco do mundo (síntese)

Agência Ecclesia

                               
(Lusa)
                      (Lusa)

Francisco multiplicou mensagens religiosas e políticas sobre família, ecologia, migrações e solidariedade

Filadélfia, 28 set 2015 (Ecclesia) – O Papa Francisco encerrou este domingo em Filadélfia a sua primeira viagem aos Estados Unidos da América, onde multiplicou gestos de apoio aos mais desfavorecidos e mensagens religiosas e políticas sobre família, ecologia, migrações e solidariedade.

A visita começou na terça-feira, em Washington, e o Papa discursou no dia seguinte, diante do presidente Barack Obama, na Casa Branca, onde chegou a bordo do famoso Fiat que foi uma das imagens de marca destes dias, tendo feito a primeira referência aos temas da liberdade religiosa e da crise ecológica, que viriam a ser recorrentes.

Francisco recordou por diversas ocasiões a responsabilidade moral dos EUA em temas como o aborto, as migrações ou o terrorismo.

Ainda na capital norte-americana, o Papa canonizou São Junípero Serra, franciscano do século XVIII que levou a mensagem cristã à Califórnia, recordando todos os que defenderam os direitos das populações indígenas.

Francisco foi o primeiro pontífice a discursar perante o Congresso, manifestando admiração pela história norte-americana antes de apelar ao fim da pena de morte, bem como a uma maior ação na luta contra a pobreza e em defesa do ambiente.

Apesar da barreira da linguagem – apenas quatro intervenções em inglês – e das evidentes limitações físicas, por causa dos problemas na ciática, Francisco ultrapassou distâncias e ganhou simpatias como 'o Papa do povo', com multidões a acompanharem as suas passagens por Nova Iorque e Filadélfia.

Na sede das Nações Unidas, onde foi o quinto a Papa a discursar até hoje, o pontífice argentino aproveitou o palco global para apresentar uma série de preocupações: a reforma da própria ONU e das organizações financeiras internacionais, a pobreza, a crise ambiental, a perseguição dos cristãos.

Em Filadélfia, cidade símbolo da independência dos EUA, o Papa apelou à defesa da liberdade religiosa e ao diálogo entre os vários credos para promover o respeito pelo ser humano.

A mesma preocupação tinha marcado a cerimónia inter-religiosa em memória das vítimas dos atentados do 11 de setembro, no ‘Groud Zero’.

Uma semana antes de dar início a uma nova assembleia do Sínodo dos Bispos, Francisco encontrou-se com milhares de famílias de todo o mundo e pediu aos responsáveis católicos um discurso mais positivo sobre os temas do matrimónio e da vida familiar.

Na Missa final deste evento, o Papa abriu os braços da Igreja a todos os que trabalham em favor da família, independentemente de raças ou credos.

Simbolicamente, o Papa encontrou-se com alunos imigrantes, sem-abrigo, presos e vítimas de abusos sexuais, a quem prometeu determinação.

A décima e mais longa viagem do pontificado, até ao momento, tinha começado no último dia 19, com uma visita de quatro dias a Cuba, mais centrada na comunidade católica, que passou por Havana, Holguín e Santiago.

A chegada ao aeroporto de Ciampino, em Roma, está prevista para as 10h00 locais (menos uma em Lisboa), após oito horas de voo.

OC
 

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